terça-feira, 21 de setembro de 2010

Chegou a hora de introduzir a alimentação complementar! O que devo dar primeiro: a papinha doce (fruta/suco) ou a de sal?


    Após os seis meses de aleitamento materno exclusivo, as necessidades do bebê aumentam e somente o leite materno passa a não ser capaz de suprir esta demanda, sendo assim a introdução de uma alimentação complementar torna-se indispensável para garantir um crescimento e desenvolvimento adequado do bebê.
    É a partir dos seis meses também que o bebê apresenta um determinado desenvolvimento geral e neurológico quanto à mastigação, deglutição, digestão e excreção que permite que este receba outros alimentos que não seja o leite materno.
    Junto com essa necessidade surge a dúvida sobre qual o tipo de papinha deve ser introduzida primeiramente: a de sal ou a de doce (suco ou fruta).
    A tendência dos bebês é a mesma que a do nosso paladar, ou seja, a preferência pelo gosto doce, e sendo assim é importante que esta não seja o primeiro tipo de papinha ofertada, o que poderia gerar uma dificuldade na sua introdução posteriormente.
    Sendo assim, o início da alimentação complementar deve ser caracterizada pela ingestão de legumes bem cozidos e amassados, abóbora moranga, cenoura amarela, batata inglesa e outros.
    O ideal é que estes alimentos sejam amassados com o auxílio de um garfo ou colher e que evite-se sempre liquidificar estes alimentos por dois motivos: primeiro porque é de extrema importância que a criança vá explorando as diferentes texturas dos alimentos, o que auxilia no desenvolvimento da cavidade oral e segundo pelo risco que estes equipamentos apresentam de contaminar o alimento da criança, que ainda apresenta um sistema imune imaturo.
    Estudos mostram que a introdução precoce de alguns cereais como a aveia, cevada, trigo, que contem o glúten em sua composição podem desencadear uma intolerância a esta proteína.
    O feijão e outras leguminosas devem ser evitados porque são alimentos que possuem em sua composição fatores antinutricionais – que são substancias que impedem ou dificultam muitas vezes a absorção de alguns nutrientes.
    Estes alimentos não devem conter temperos, condimentos e não há necessidade da adição de sal, pois além disto poder prejudicar a criança, é interessante que ela conheça o real sabor dos alimentos e não deve-se ter a preocupação com relação ao alimento nos parecer sem gosto, pois já estamos habituados ao sabor dos alimentos mascarados ou intensificados por estes ingredientes, o que não acontece com os bebês.
    É de extrema importância que o preparo destes alimentos seja cuidadoso e provido de boas condições de higiene, ou seja, que os utensílios utilizados estejam limpos e preferencialmente sejam de uso exclusivo do bebê e que haja boa higiene de quem prepara os alimentos, para que a alimentação não ofereça riscos à saúde do bebê.
    É importante reforçarmos também que somente os alimentos complementares não supre as necessidades do bebê, ou seja, não substitui a amamentação e somente a complementa, sendo assim as mamadas devem permanecer, mas o natural é que haja uma diminuição da ingestão de leite pelo bebê, de forma natural.

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